João Ambrosio

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Obrigado por sua visita ao meu blog. Espero que você encontre aqui uma palavra de bênção para a sua vida.

sábado, 6 de junho de 2009

Inveja dos novos ricos

Inveja dos novos ricos
Tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios. (Sl 73.3.)

Em meio a um dos desabafos pessoais mais bem escritos, o autor do Salmo 73 tem a coragem de fazer uma confissão de pecado: “Tive inveja” (v. 3). Os curiosos gostariam de perguntar ao invejoso: Desde quando? De quem? Por quê?

Quanto à primeira pergunta, tudo leva a crer que a inveja vinha de longe. Ela já havia causado transtornos emocionais e espirituais ao salmista. Já havia colocado o invejoso à beira do precipício.

Quanto à segunda pergunta, a resposta é explícita: “Tive inveja dos arrogantes” (dos “dissolutos” na Bíblia Hebraica ou dos “novos ricos” na Tradução Ecumênica da Bíblia). Ora, como é possível uma pessoa que medita na Palavra de Deus e ora três vezes ao dia, um músico que canta e dedilha a harpa ou a lira e ainda dirige o louvor, invejar logo os que se vangloriam o tempo todo? Eles são antipáticos, metidos e andam de nariz empinado.

Quanto à terceira pergunta, o porquê da inveja, trata-se sem dúvida de uma crise de fé provocada por um descuido na alimentação espiritual, por algum sentimento de inferioridade, por um cansaço religioso, por alguma influência maligna ou até mesmo por uma provação armada pelo próprio Deus com o objetivo de robustecer a caminhada do salmista com o Todo Poderoso.

O mal do salmista não é só dele. É um problema comum, possível em algum momento na vida de qualquer servo de Deus. É preciso que haja medidas preventivas. O mandamento “não tenha inveja dos perversos” é freqüente e muito bem redigido: “Não tenha inveja dos perversos; pois como o capim logo secarão, como a relva verde logo murcharão” (Sl 37.1,2). O filho de um dos salmistas escreveu vários provérbios que começam com este mandamento: “Não tenhas inveja” (Pv 3.31; 23.17; 24.1,19).